Você costuma
deixar para depois os trabalhos da faculdade, os relatórios da empresa, a
limpeza do quintal? Costuma marcar consultas médicas só quando a dor é
insuportável e te impede de trabalhar? Você até concorda com a necessidade do
exame de próstata ou mamografia como medida preventiva, mas... Amanhã pensa nisso.
Lembra-se do plano
de fazer uma poupança para a tão sonhada viagem de férias com a família? Vocês
iriam com aquele carro que você namorou na concessionária e tinha feito até test drive! Mas até hoje, nada... Talvez
ainda tenha oportunidade de fazer essa viagem, mas não com aquele carro, pois
já saiu de linha há algum tempo. Também será difícil levar os filhos, agora que
já se casaram e têm a própria família para se preocupar e os próprios sonhos a
realizar (ou procrastinar?). Eles também andam sem tempo.
E o que dizer
dos planos de praticar exercícios físicos, dizer que ama, pintar a casa, dar
menos importância às redes sociais, reconhecer um erro, comer foundue de chocolate, relacionar-se com
Deus, tomar medidas econômicas, discutir o relacionamento, aprimorar-se, doar
as roupas que não usa, brincar com o filhos, perdoar alguém...
Você
é escravo do amanhã?
Atire
a primeira pedra quem nunca adiou atividades e decisões, sejam triviais ou importantes.
Tendemos
a deixar para a última hora as situações complicadas ou incômodas. Isso todos
nós fazemos em algum momento, em alguma área da vida. Essa atitude pode até ser uma boa medida se
for uma estratégia para ganhar tempo em ocasiões que dependem de muitos fatores
ou que uma decisão precipitada poderia trazer consequências irremediáveis. O agravante
é quando essa prática se torna um vício. Então começamos a fazer mil coisas
para nos manter ocupados com trivialidades ou tarefas menos importantes que
aquela que estamos adiando. Por trás das frases “Não tenho tempo”, “Ainda não é hora”, “Não estou pronto”, podem
existir razões e sentimentos que não identificamos claramente ou não sabemos
como lidar com eles, mas que evitamos, de forma consciente ou intuitiva, como um
mecanismo de proteção.
A
procrastinação dá a sensação de alívio imediato, já que durante o período do
adiamento não entramos em contato com a situação ou sentimento aversivo, mas,
assim como todo vício, a médio e longo prazo os prejuízos são inevitáveis.
Quanto maior for o tempo do a e a importância da ocasião evitada, mais desastrosas
serão as conseqüências. Alguns desses prejuízos seriam: baixa auto-estima, perda
de emprego, divórcio, insegurança pessoal, stress, depressão, sensação de
incompetência, insônia, tensões musculares e muitos outros problemas físicos e
psicológicos.
Os
motivos da procrastinação podem se tornar conseqüências desse ato, gerando um
círculo vicioso, especialmente se estiverem associados a sentimentos de medo. Entramos
então num processo de escravidão do tempo e do próprio ato de procrastinar, a
ponto de perdermos o controle de nossas ações e a visão dos fatos importantes
que se perdem nesse processo.
É
preciso estar alerta a esse hábito, avaliar as próprias ações e sentimentos, redefinir
aquilo que realmente damos valor.
Precisamos parar de negligenciar ou deixar para segundo plano o que deveriam
ser nossas PRIORIDADES.
Viviane Teixeira - Psicóloga & Coach
CRP 08/10085
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psicoviviane@gmail.com