terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Limites: Render-se ou superá-los?

Como devemos reagir, quando nos deparamos com os limites? Para responder essa pergunta, precisamos antes entender de que tipo de limites estamos falando, e definir se eles são benéficos ou maléficos.
Os limites englobam todo tipo de impedimento, seja ele físico, emocional, social, profissional.

A sociedade atual, conduzida por um sistema capitalista, exige muito de nós: "Vença seus limites"; "Seja bem sucedido!"; "Aprimore-se!"; "Seja o melhor pai/mãe, filho, aluno, profissional, etc"; "Não perca tempo!"; "Produza mais!".
Recebemos a ideia de que "limite" é algo a ser vencido, portanto, é uma coisa ruim, que só existe para travar, barrar, atrapalhar, impedindo que conquistemos nossas metas, ou as que a sociedade, empresa, amigos, família incute em nós.
É preciso ter bom senso para perceber que nem sempre os limites são para nos prejudicar, mas, muitas vezes eles servem para nos proteger. As sobrecargas da nossa vida, em grande parte, só existem porque não sabemos respeitar nossos limites, não sabemos delegar, ou recusar as demandas que chegam a nós.
Somos "treinados" para dar conta de tudo, pois se não conseguirmos, podemos ser taxados de incompetentes, como se nosso valor se resumisse a isso. O problema é que jamais daremos conta de corresponder as expectativas da sociedade, e por isso, muitos de nós pode criar um autoconceito depreciativo, ou então desenvolver uma série de problemas psicofisiológicos (estresse, depressão, transtornos de ansiedade, entre outros). Sem contar os inúmeros problemas de relacionamento, e em especial, as pessoas que amamos acabam sendo as mais afetadas.

Precisamos ter discernimento para definir nossas prioridades, de acordo com os princípios que norteiam nossa vida. Alguns limites, devem sim ser superados quando o assunto em pauta é prioritário. Outras vezes devemos entender os limites como um sinal de que em nossa vida está fora da ordem. Quem sabe é hora de parar diante desses obstáculos para reorganizar a vida?

E sempre, a maior prioridade é lembrar o verdadeiro significado de nossas vidas.

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